O que um vídeo do College Humor pode te ensinar sobre publicidade digital?

Que tal aprender sobre publicidade digital? Vamos lá?!

Início da manhã. Caixa de email e página inicial abertas e um tour pelas redes sociais! Logo, o “vendedor” aparece. E a cena é mais ou menos assim:

Impossível não se identificar, não é mesmo? Senão diária, a invasão dos e-mails marketings e anúncios é muito frequente. E quanto mais você usa a tecnologia, mais exposto você está. Apesar da abordagem do vídeo render boas risadas, quando o cara chega assim, sem ser convidado, com ofertas indesejadas, ele não costuma ser tão bem-vindo. Se eu não estou a fim de comprar, muito possivelmente vou classificar o “vendedor” (o tipo de anúncio) e a empresa como chatos. E eles são muitos e estão espalhados pelos cantos da tela. Como fugir?

Cuidado para não chatear o consumidor

Um dos desafios dos publicitários que trabalham com o digital é fazer o possível para evitar essas falhas. Que, certamente, tiram a paciência do internauta. As pessoas já estão saturadas de tanta informação. E, sem muito esforço, ficarão saturadas também do bombardeio de mensagens das marcas. Não há quem suporte, por exemplo, tanta repetitividade e mecanização. Se eu já comprei o presente para minha sobrinha, estou satisfeita. Compra feita, sobrinha feliz. Perfeito! Agora já dá para se desvincular deste histórico? Mostrar coisas diferentes e mudar o anúncio, please? Curtimos e queremos diversidade e criatividade na publicidade digital também.

Personalize de acordo com o perfil

Se pensarmos nas ferramentas tecnológicas que permitem mapear o perfil de cada um, não pode ser tão difícil ser preciso. O Google traça e oferece aos seus clientes um perfil bem completo sobre cada um, a partir dos dados que cada usuário fornece. Existe muito pouco que ele e as empresas consumidoras dos dados não saibam.

Aliás, como o vídeo ilustra, talvez ele saiba do mais do que nós mesmos. Talvez se enganando ou sendo invasivo e irritante. No Natal, por exemplo, comprei uma mochila para o meu marido e até hoje recebo sugestões de compra para a mochila! E o Natal está quase aí de novo. Stop!

O mercado digital está em ascensão

E o mercado de publicidade digital precisa melhorar não só porque o público quer, mas porque é o mais interessante e lucrativo no momento. Os olhos, a atenção e os dedos no touch estão voltados para o conteúdo do universo online. No Brasil, a publicidade já é a mais efetiva no digital. Segundo dados da Digital Ad Ratings (DAR), ferramenta da Nielsen, divulgados em junho de 2016, em média, 78% das campanhas digitais alcançam seu público-alvo. É o boom de dados dos usuários impactando no sucesso das estratégias de comunicação das empresas. Com tantas ferramentas á disposição, dá para aproveitar o momento e fazer da melhor forma possível.

Por que investir em um planejamento de marketing digital

As agências que investem em um bom planejamento de comunicação digital já saem na frente. Só assim é possível pautar a campanha com base no perfil e nas preferências dos consumidores, e mais: fazer uma delimitação do público-alvo. A análise de variáveis, como dados demográficos, geográficos, sociais e econômicos, e outros como estilo de vida, hábitos, interesses, e comportamento em relação ao produto, permite a segmentação do grande público da marca.

Em uma jogada estratégica, identifica-se quem mais consome: os idosos ou os jovens? Para qual público é melhor desenvolver a campanha? O que eles fazem e onde eles estão? E, então, no planejamento da comunicação, a equipe tem facilidade em responder, quase sem titubear, às perguntas: quais meios usar? Como engajar? Qual resposta esperar? Com o trabalho pautado pelos dados fornecidos pelo Google e pelas redes sociais, dá para evitar, por exemplo, mensagens erradas nas horas erradas.

Colocar-se no lugar do cliente é fundamental

Agora, os dados por si só podem ser insuficientes. Do outro lado da tela, é preciso ter uma equipe de planejamento e criação sensível e capaz de colocar-se no lugar do internauta e pensar no que pode tocar a alma dele (of course, mais um clichê, mas a essência é essa).

É só parar um minutos e resgatar os projetos e campanhas que te emocionaram, recentemente, no mundo digital. São esses que fazem os olhos do consumidor brilharem e despertam uma grande simpatia pela marca: as pessoas têm vontade de acompanhar, esperam pelos próximos lançamento, buscam conhecer outros produtos da marca, etc. Um consumidor tocado é um consumidor ativo. E esse processo só começou porque, lá na agência, existe uma equipe formada por pessoas que sabem praticar a empatia.

Humanizar é a premissa!

Então, muito além dos dados e das ferramentas e recursos tecnológicos, é preciso humanizar a forma como os profissionais fazem a publicidade online, tornando-a mais próxima das pessoas, e colocando o uso da máquina apenas como um facilitador, mas jamais como um substituto da sensibilidade e do poder de observação de cada membro da equipe. Mais do que técnica, é preciso que os publicitários tenham o olhar treinado para colocar-se no lugar do outro e imaginar como gostariam de receber a informação e como se sentiriam, caso fossem impactados por ela.

Como funcionam as campanhas digitais no Brasil

Aqui no Brasil, as empresas de serviços financeiros registram os melhores índices de entrega, média de 89%, à frente dos anúncios de entretenimento (88%) e varejo e comércio (84%). Se direcionadas a faixas etárias mais amplas, como pessoas de 15 a 46 anos, as campanhas digitais têm ainda mais alcance.

A medição da audiência da publicidade digital é feita segundo conceitos de mídia offline, como alcance e frequência. Em comparação com outros mercados, o Brasil é líder na média de eficiência de entrega, seguido de Itália, com 74%. Na sequência, aparecem: Reino Unido (65%), Alemanha (65%), EUA (61%), Austrália (53%), Canadá (52%) e França (51%). A pesquisa avaliou as campanhas que circularam de setembro de 2013 a dezembro de 2015.

Ou seja…

Com tanta inserção, ninguém duvida que a publicidade digital ganhará ainda mais espaço a partir do momento que souber equalizar técnica, planejamento, dados e empatia. Por isso, é preciso que você esteja preparado para aprender sobre publicidade digital. É um superconjunto de pré-requisitos, mas é possível seguir a receita e buscar o efeito “UAU” do internauta, tornando o trabalho inspirador e a marca do cliente encantadora.

Para o consumidor, a parte boa da vida digital que ora incomoda, ora nos facilita em muito a vida, é que, em tese, você deve receber banners publicitários e sugestões (leitura, filmes e conteúdo geral) voltados para o que mais te interessa.

E quando, na prática, a presença publicitária for bem diferente do que o que você deseja naquele momento, só te resta uma coisa: paciência. Eu sei bem como é receber anúncios de um mesmo produto repetidas vezes. Quem sabe compro uma nova mochila para meu marido no próximo Natal.