Cases: O que as agências fizeram para superar a crise em 2016
A teoria de que o sucesso depende do esforço e da dedicação dos entusiastas do negócio se confirma quando observamos a realidade e a história da maioria das empresas. Aliás, se o cenário não é tão favorável, a postura, a vontade e as estratégias dos gestores são determinantes para que a empresa conquiste resultados positivos e mantenha um ritmo constante de crescimento mesmo em meio a instabilidade econômica. Embora 2016 não tenha sido um ano favorável para os negócios, o cenário político-econômico não impediu que as agências registrassem um crescimento significativo. O resultado da terceira edição da Pesquisa Censo Agências, com dados de 2016 e projeções para 2017, revelou histórias de sucesso.
Mas, por que os gestores de agências estão tranquilos na crise?
Agora, enquanto muitos empreendedores estão correndo atrás do prejuízo do ano que passou, os gestores destas agências já começaram 2017 com o pé direito. Portanto, para eles, o desafio é fortalecer o modelo de gestão, investir no aperfeiçoamento do time e avaliar constantemente as estratégias adotadas correlacionando-as com os indicadores de desempenho. Ou seja, nós acreditamos que o primeiro passo para fortalecer a gestão é se inspirar nestas histórias de sucesso. Por isso, conversamos com os gestores de duas agências que se destacaram em 2016. Eles compartilharam conosco algumas ideias e práticas de gestão que podem ajudar muito você. Leia, aprenda e adote novas estratégias para crescer.
# Agência Tibet: foco na gestão e esforço voltado para melhorias
Com foco em planejamento, prestação de serviço com base em FEE Mensal Fixo, clientes satisfeitos e uma equipe formada por profissionais experientes, a agência comemora os resultados alcançados em 2016: com novas receitas, o faturamento aumentou em relação ao ano anterior.
Harrisson Brait, fundador e gestor da Tibet, acompanha o fluxo dos processos do dia a dia da agência. E, principalmente, as entregas para os clientes, sem perder de vista o planejamento. Para ele, o segredo é buscar um equilíbrio entre o que foi planejado e o que está, de fato, sendo entregue. “Nunca deixamos de acreditar no planejamento, mas se a operação do dia a dia não funcionar, os resultados não virão. Ou seja, o planejamento passa a ser macro nesta visão, como uma direção estratégica global. Porém, a entrega é diária e nós precisamos ser mais ágeis nessas entregas. Aliás, é uma exigência do mercado. E não estamos falando só dos anunciantes, estamos falando do nosso consumidor (o cliente do nosso cliente). Tudo é muito ágil”, comenta Harrisson.
A confiança dos clientes faz toda diferença para os resultados positivos e a continuidade das parcerias. Hoje, a cada 10 novos jobs, 9 são gerados pelos próprios clientes. E ter essa relação próxima com os clientes é uma conquista para a Tibet e mais: um diferencial competitivo. Afinal, como observa Harrison, a concorrência pode incomodar mais do que a instabilidade econômica. Para fortalecer o time da Tibet, Harrisson prioriza a contratação de profissionais especializados e a retenção de talentos. Por meio da oferta de bolsa de estudos e da manutenção de um ambiente de trabalho agradável.
Medir a sustentabilidade financeira é importante
Além de acompanhar o time, o gestor busca avaliar com frequência lucratividade dos jobs e campanhas, um dos indicadores que permitem medir a sustentabilidade financeira e o avanço/crescimento da agência. “ Esse controle é fundamental. Por isso, o alinhamento daquilo que se deve entregar é algo determinante para a sustentabilidade de uma relação entre cliente e agência. Entretanto, tem que ter um olhar para o nosso próprio negócio da mesma forma que temos que olhar para o negócio do nosso cliente”, explica Harrisson.
Para fazer comunicação e entregar o melhor para o cliente, é preciso aprender a fazer uma gestão inteligente da própria agência. E, a partir daí, exercitar a empatia para entender a necessidade do cliente no momento certo. “A nossa busca é entender qual o momento que o nosso cliente precisa de uma agência que entregue o job de uma forma rápida e assertiva. E qual é o momento que o nosso cliente quer uma agência que traga inovação e novas ideias. O melhor caminho é o autoconhecimento, a transparência e, porque não dizer, a diminuição do nosso ego”, comenta Harrisson.
A verdade é que o sucesso exige entrega. Exige dedicação, planejamento e até uma ruptura com formas de pensar e de fazer. É preciso estar aberto para o novo, aprender e fazer acontecer. Aliás, muitas vezes, é preciso trilhar caminhos ainda inexplorados com o objetivo de aperfeiçoar a gestão.
#Agência No Clima: ser especialista é o segredo
Antes mesmo de criar a agência, Fernando Drummond, sócio proprietário, percebeu que o mercado tinha agências especialistas em determinados serviços (agências digitais, promocionais, etc). Inspirado pela atuação especializada destas agências, Fernando buscou identificar o tipo de serviço que poderia oferecer como diferencial. Ou seja, com o formato full service, a agência No Clima organiza seus serviços e pauta sua atuação com base em três pilares: Branding, Digital e Experience.
O esforço inicial e o foco na especialização foram determinantes para a agência alcançar a posição de destaque. Em 2016, com a ampliação da carta de serviços e a oferta de mais soluções para os clientes, o resultado foi quase imediato: a No Clima aumentou (e muito) seu faturamento.
Estratégia que deu certo
O desempenho excelente confirma que a estratégia de segmentação e diferenciação de serviços, adotada pela agência, deu certo. “Partindo da ótica de que na comunicação, o primeiro passo a ser dado é entender o público. Pensamos em outra forma de diferenciação de mercado: o Marketing Jovem. Muito além dos antigos fatores demográficos, nos especializamos no comportamento jovem”, conta Fernando. A agência realiza o planejamento e a execução da comunicação de empresas. Tendo como base os principais aspectos deste comportamento jovem.
Há mais de cinco anos no mercado, atualmente a agência vive um momento de reorganização da gestão. A prioridade é fortalecer as estratégias da No Clima para se manter firme no mercado. Ou seja, com alto potencial competitivo e viabilidade financeira aplicada aos projetos.
Para garantir a produtividade e a rentabilidade, Fernando adotou algumas práticas estratégicas e inteligentes. Antes, os retrabalhos exigiam muito mais envolvimento e tempo da equipe. Bem, continuam exigindo. Mas, agora, a agência já cobra um percentual, calculado com base no valor do job, referente ao número “x” de alterações. Um caminho interessante para ambos. Portanto, a agência deixou de perder tempo e dinheiro com refações. Assim, pôde atender, com mais qualidade e agilidade, às novas demandas dos clientes. Todos sairam ganhando!
Desafios na No Clima surgem para serem superados!
Na gestão, outro desafio – a ser superado – é a definição e a organização de processos internos da agência. Por isso, a fase de operação ganha ainda mais importância. É o momento da gestão repensar a organização e trabalhar pelo melhor gerenciamento dos processos na agência. E toda essa movimentação em favor da gestão da agência se justifica por uma única preocupação: a empresa prioriza a reorganização de processos e a melhoria do sistema de gestão.
“Depois da economia, identificamos um segundo aspecto que pode dificultar o crescimento da agência, a gestão interna”, observa Fernando. É por isso que assim como acontece com a Tibet, a agência No Clima tem como prioridade investir na melhoria da gestão. Este é o caminho para garantir o crescimento constante da agência.
À frente de um time formado por 20 profissionais, Fernando pretende fortalecer ainda mais sua equipe. Somente em 2016, foram contratadas sete pessoas novas que passaram a fazer a diferença no dia a dia da agência. Com o aumento da demanda de marketing digital, Fernando aposta no desenvolvimento de habilidades técnicas da própria equipe. Para atender com excelência os clientes, respondendo e superando as expectativas iniciais.
Falando em clientes, o Fernando conhece bem a realidade de cada um deles. Além de gestor, ele também faz a função de Head de Projetos. No atendimento ao cliente busca estabelecer uma relação estreita, de muita confiança, com cada empresa parceira. A lição do relacionamento com o cliente é sempre feita. “Além da instabilidade econômica, outro motivo que pode nos levar a perder clientes é a dificuldade do time da agência conquistar um entendimento técnico e aprofundado sobre o mercado do cliente. É por isso que a relação com o cliente tem que ser próxima. E, a qualificação do nosso profissional tem que ser excelente”, afirma Fernando. Com uma estratégia completa, é possível compreender o cliente e o mercado no qual ele atua.
Conservar uma cultura colaborativa e de atenção ao cliente
A agência vive um momento de expansão. E, ao mesmo tempo, desenvolve uma cultura de total zelo e atenção aos clientes que já atende. A qualidade das entregas e a expertise do time da agência formam o seu cartão de visita. Assim, mesmo em um momento de crise, o cliente terá como referência o time da agência. E se dispensá-la, na certa, irá requerer os serviços novamente.
Fernando garante que a dedicação total ao cliente é o caminho para conquista-lo. “Quando a agência está inserida no cotidiano do cliente constantemente, ela possui tanto conhecimento sobre as estratégias de negócio do cliente que se torna difícil substituí-la. Um exemplo nosso: atendemos um grupo de empresas que decidiu criar uma “house“, internalizando todos os serviços de comunicação.
Com isso, a No Clima e todas as demais agências deixaram de atender o grupo. Entretanto, em menos de um mês, eles solicitaram que a gente retornasse com o projeto de redes sociais que executávamos. Visto que o nosso conhecimento sobre o negócio deles se fazia muito importante para continuar com os resultados que havíamos obtido nos últimos anos”, conta Fernando.
O ritmo constante de aprendizado faz a diferença
Assim, embora 2016 tenha sido um ano difícil para muitas empresas, a agência No Clima soube atuar com destreza neste cenário de incertezas.
Na crise, a maioria dos clientes costuma absorver as pequenas demandas de comunicação com uma equipe interna, porém a empresa pensa diferente quando tem uma agência que mostra, de fato, resultados. “Ter o know how do serviço, estar presente no cotidiano do cliente e ser especialista no comportamento jovem é o tripé que apostamos para manter os clientes por perto no momento de crise”, garante Fernando.
As entregas feitas com excelência e a construção de parcerias estratégicas fazem a diferença. Mantêm a No Clima em um ritmo constante de aprendizado, inovação e crescimento. O trabalho não para, mesmo em tempos mais difíceis. O segredo é se reinventar e se especializar.
Enfim…
Agora que você soube o que as agências fizeram para superar a crise que tal obter mais insights? Os dados da Pesquisa Censo Agências apresentam vários temas importantes para o ramo, com foco voltado principalmente para a gestão administrativa. A leitura e a análise da pesquisa podem proporcionar insights estratégicos para a gestão.
Além disso, o uso de um sistema de gestão como o Operand pode descomplicar a rotina da empresa criativa, impulsionando-o a produtividade e a conquista de resultados positivos. Tanto a Tibet, quanto a No Clima ganharam muito com a adoção do sistema que permite a gestão de projetos, integrando diferentes áreas em uma plataforma, simplificando processos e conferindo maior agilidade nas entregas. Se incorporado à rotina da empresa, o sistema pode se converter em uma ferramenta estratégica importante. Capaz de oferecer suporte ao crescimento. Você, a sua equipe e seus clientes irão sentir a diferença na prática. Enfim, experimente você também!
Jornalista por formação e Especialista em Administração da Comunicação pela Sustentare Escola de Negócios. Apaixonada por pessoas e curiosa, tem a certeza que nasceu para comunicar. Há dez anos, trabalha na área, tendo ampla experiência em comunicação corporativa, inbound marketing e gestão de redes sociais.
- Por Ariadna Straliotto em 04/04/2017
- Categoria: Gestão