Hey, agência off-line! Abrace a internet, ela pode ser sua amiga.
Em um mundo cada vez mais cibernético, onde a maioria de nós passa o dia conectado, viver no off-line pode fornecer a impressão de estar deslocado no tempo. Parece que falta alguma coisa. O mundo e as pessoas que vivem ao nosso redor pedem pela nossa conexão. Aliás, para muitas coisas, estar on-line já é quase uma exigência. Mas, ainda assim, muitas agências mantêm apenas serviços para mídias off-line. Diante disso, será que o modelo tradicional de agências precisa se transformar?
Elas não dispõem de equipe para oferecer a produção de sites. A análise e a geração de conteúdo para mídias sociais ou o planejamento da presença estratégica das marcas na internet. Manter-se no mercado oferecendo apenas alguns serviços off, é uma opção e também um risco que deve ser calculado.
Você vai ler neste post
Desenvolva parcerias estratégicas
Se os serviços não são oferecidos pela equipe de profissionais da agência, que não têm expertise no assunto, é preciso pensar em maneiras de apresentar soluções digitais para os clientes. Um dos segredos é ter parceiros que possam colaborar na construção de peças para o universo on-line.
Contar com a atuação de profissionais freelancers e agências parceiras é um dos caminhos possíveis para oferecer os serviços. Em resposta às demandas pontuais e específicas de clientes que, além do material off-line, precisam, sim, de peças para presença digital da marca.
Inovando no modelo tradicional de agências: considere um novo ritmo
Para operar neste formato, oferecendo, principalmente, jobs off-line vale considerar ainda que no universo digital o ritmo de mudança das tendências é veloz. A rede social que hoje tem milhões de usuários pode perder espaço para outra muito rápido.
Por isso, é importante que os parceiros que sejam capazes de acompanhar estes movimentos. E, rapidamente, aprendam a desenvolver comunicação para as mais novas plataformas, não utilizadas antes no modelo tradicional de agências.
Analise o seu público
Ao mesmo tempo em que manter-se focado modelo tradicional de agências representa um risco, também temos que admitir que tal característica pode, sim, se converter em diferencial. Afinal, a agência que vive muito mais no off se propõe a inovar em uma área que já não vem recebendo tanta atenção. A criação de materiais impressos e outras ações que dispensam o acesso à rede podem parecer obsoletas, mas ainda ganham, sim, a atenção do público. E cá entre nós, dependendo do público o off-line é o caminho.
Se pensarmos em uma campanha para a promoção de uma política pública, voltada para famílias em situação de vulnerabilidade social, o caminho será o off: o rádio, a TV, o impresso, os outdoors atingem este público com muito mais eficácia do que um hotsite, por exemplo. Talvez, seja necessário criá-lo como suporte, mas não como ferramenta principal da campanha. É por isso que falamos tanto em multimídia. É como se um meio já não existisse sem o outro.
Convergência é o caminho
Na corrida pela sobrevivência e por espaço no mercado, vale avaliar a necessidade de fazer uma convergência. Se você tem clientes que recorrem, com frequência, à agência pedindo jobs para web, mensure a demanda, as despesas com a terceirização e, por fim, a fatia de lucros derivada dos serviços digitais.
Talvez, seja a hora de começar a reinventar e ampliar a estrutura da agência. E, aos poucos, investir na formação de uma equipe especialista em comunicação digital. É preciso abraçar a tecnologia e as possibilidades que ela traz.
Mídias que se complementam
Para falar bem a verdade, estamos vivendo um tempo em que a linha que separa o on do off é muito tênue. Há quem diga que com o crescimento exagerado da mídia online, o modelo tradicional de agências vai acabar em pouco tempo. Mas sabemos que os meios de comunicação se complementam. As coisas se mesclam e se sobrepõem em uma única realidade por meio da comunicação taticamente planejada.
Mídia offline
A mídia offline trabalha a concretização de uma marca, voltada para uma região específica. Com o uso de diferentes ferramentas como embalagens e cartões de visita, divulgação da marca em revistas, banners, outdoors, panfletos e matérias para jornais, revistas, tv e rádio.
Mídia online
Já a mídia online transpõe a barreira do local. É uma ferramenta de interação com o mundo que permite um alcance global. O crescimento do e-commerce tem sido decisivo para o aumento da demanda de websites, blogs, newsletter e da presença de marcas nas redes sociais. Quando está na internet, a empresa ganha um novo alcance: ela é vista por pessoas de todos os lugares do mundo.
Como atua a Coca-cola
Em entrevista ao site Propmark, em abril deste ano, Fernanda Sabóia, diretora de canais da Kolab na Coca-Cola, lembrou, como cliente, que não faz mais distinção on/off nas estratégias.
A marca trabalha, muitas vezes, com até sete agências em um projeto. Principalmente quando há necessidade de alguns conhecimentos específicos de tecnologia.
“Trabalhamos os pontos de contato com o consumidor e isso exige uma visão agnóstica de mídia. Nosso foco é a publicidade como entretenimento. Então podemos tanto lançar um filme em cinemas como criar uma estratégia totalmente digital em algum outro projeto. Continuamos sempre buscando uma grande ideia, que possa ser explorada em diversas plataformas”, destaca.
Construa uma equipe multidisciplinar
Hoje, o mundo da publicidade gira muito mais em torno das decisões de mídia e das estratégias digitais. A divisão de agências tradicionais e digitais deve perder força aos poucos. Ou seja, pensando no cenário ideal, as agências vêm investindo na formação de equipes plurais. Que, somando talentos, sejam capazes de construir uma agência multi. Ser full ou 360 graus pode ser difícil, mas não é impossível. Ou seja, o modelo tradicional de agências passará por algum tipo de transformação.
O papel da agência é insubstituível na construção de marcas. Por isso é preciso ser sempre ágil e abraçar cada vez mais a tecnologia.
Por fim, o desafio é fazer o melhor para ocupar o lugar da agência estratégica e estabelecer uma relação de longo prazo com o cliente, mantendo o compromisso de fortalecimento da sua marca. Até mesmo o modelo tradicional de agências pode ser otimizado. Invista na agência para que ela torne-se forte, seja digital e esteja sempre pronta quando o cliente precisar.
Jornalista por formação e Especialista em Administração da Comunicação pela Sustentare Escola de Negócios. Apaixonada por pessoas e curiosa, tem a certeza que nasceu para comunicar. Há dez anos, trabalha na área, tendo ampla experiência em comunicação corporativa, inbound marketing e gestão de redes sociais.
- Por Ariadna Straliotto em 25/05/2016
- Categoria: Setor Criativo