Guia prático de como transformar métricas em decisões estratégicas
Conforme a pesquisa The State of Data & AI Literacy Report 2024, 84% dos líderes veem a tomada de decisão baseada em métricas e dados como a habilidade mais crítica, um aumento de 6% em relação ao registrado na pesquisa do ano anterior.
A verdade é que ao adotar uma abordagem de tomada de decisão baseada em dados, os gestores podem ser muito mais assertivos. É possível, por exemplo, reduzir vieses, fazer previsões mais precisas, identificar tendências, otimizar processos e descobrir novas oportunidades de negócios.
Na prática, a tomada de decisão orientada por métricas e dados é capaz de promover uma cultura de pensamento crítico, curiosidade e aprendizado contínuo, em que as decisões são guiadas por evidências e fatos, em vez de suposições ou preconceitos pessoais.
Neste cenário, saber como explorar as métricas e dados brutos, tornando as informações mais acessíveis e acionáveis, é a abordagem ideal para os gestores de agências. Dessa maneira, o processo de tomada de decisão estratégica e a implementação de novas ideias e prática passam a ser mais simples, organizados e eficazes.
Neste artigo mostramos como você pode explorar os dados e métricas de maneira inteligente e poderosa, alavancando o crescimento do seu negócio.
Por que as métricas da agência de marketing são importantes?
Na gestão das agências de marketing, as métricas desempenham um papel importante, já que permite a avaliação do desempenho das estratégias e orientam a tomada de decisão.
Na prática, ao analisar e acompanhar os KPIs, os gestores obtêm insights mensuráveis que permitem compreender o impacto de suas ações, apontando os ajustes necessários e sugerindo as otimizações para campanhas e iniciativas futuras.
A seguir, listamos cinco contribuições relevantes das métricas e KPIs usadas nas agências de publicidade e propaganda e de marketing:
1. Medir o desempenho das campanhas
Para fazer esse acompanhamento, os gestores devem explorar algumas métricas principais, como taxa de conversão, ROAS (Return On Advertising Spend) e taxa de cliques (CTR). Elas ajudam as agências a avaliar o sucesso de campanhas individuais.
Por exemplo, uma alta taxa de conversão mostra que a mensagem de marketing ressoa com o público-alvo e efetivamente impulsiona as ações desejadas, como compras ou inscrições. Por outro lado, um ROAS baixo indica que a receita gerada pela campanha é insuficiente para justificar seu custo.
2. Avaliar o envolvimento do cliente
Com a avaliação das métricas relacionadas ao engajamento do cliente, como taxa de engajamento, pontuação líquida do promotor (NPS) e valor vitalício do cliente (CLTV), os gestores podem medir a satisfação e a lealdade do cliente.
Por exemplo, um NPS alto revela que os clientes estão satisfeitos com o serviço e tendem a recomendar a agência. Por outro lado, um NPS baixo indica que a gestão deve mapear os problemas que comprometem a experiência dos clientes, para evitar a rotatividade.
Ainda sobre esse tema, a métrica CLTV ajuda as agências a entender o valor de cada cliente a longo prazo de cada cliente. Assim, o gestor pode tomar medidas para maximizar a retenção e a lucratividade do cliente.
3. Otimizar os canais de marketing
Ao rastrear métricas específicas do canal, como custo pré-aquisição (CPA) e ROI de cada canal, as agências podem descobrir quais canais de marketing (por exemplo, mídias sociais, PPC, SEO) são mais eficazes. Essa é uma das principais contribuições deste tipo de métrica para a tomada de decisão mais informada, que mostra onde o gestor deve alocar recursos para ser mais assertivo nas suas estratégias.
Por exemplo, se os anúncios de PPC tiverem um CPA menor e um ROI mais alto do que as campanhas de mídia social, uma boa abordagem é mover mais uma parte do seu orçamento para o PPC.
4. Identificar áreas para melhoria
Entre os vários KPIs da agência, os gestores podem explorar uma série de métricas importantes, como taxa de rejeição, taxa de rotatividade e tempo na página. Na prática, elas ajudam as agências a identificar gargalos na jornada do usuário. Por exemplo, uma alta taxa de rejeição pode sugerir que o conteúdo da página de destino não é interessante ou relevante.
Já um tempo baixo na página pode indicar que os visitantes não conseguem encontrar as informações de que precisam. Ao abordar essas métricas, os gestores e profissionais da agência podem melhorar consideravelmente a eficácia de suas estratégias de marketing.
5. Acompanhar a saúde financeira da agência
Ao acompanhar métricas financeiras como margem bruta, margem de lucro operacional e taxa de crescimento da receita, os gestores de agências podem avaliar a saúde geral de suas estratégias de marketing a partir da perspectiva de lucratividade.
Por exemplo, a margem bruta indica a eficiência da prestação de serviços. Por sua vez, a margem de lucro operacional reflete a capacidade da agência de gerenciar seus custos em relação à sua receita.
Na prática, com o monitoramento desses KPIs, os líderes de agência têm condições de manter uma estratégia assertiva e eficaz, garantindo a sustentabilidade financeira do negócio.

Como conduzir uma análise de dados e métricas na agência?
#1 Identifique dados importantes e concentre-se nos principais KPIs
Saber quais dados coletar e analisar é essencial para orientar decisões estratégicas e contar uma história coerente. Você pode ter um alto volume de dados. No entanto, nem todos os dados são relevantes. Por isso, cabe aos profissionais identificar e definir os KPIs mais apropriados com base nos objetivos estratégicos da organização.
Como você seleciona os principais KPIs?
• Metas estratégicas: os KPIs precisam estar alinhados com os objetivos do negócio; por exemplo, priorizando aqueles vinculados ao desempenho em um mercado específico.
• Utilidade dos dados: É importante escolher KPIs que adicionem valor real à tomada de decisão, em vez de ficar atolado em uma infinidade de métricas. Ao confirmar a utilidade das métricas, a agência se concentra no que realmente importa para o sucesso do negócio.
#2 Estruture e apresente os dados intuitivamente
Com os KPIs identificados e selecionados, o próximo passo é estruturá-los para criar uma narrativa clara e coerente. A inteligência artificial (IA) pode enriquecer essa narrativa facilitando a interpretação e a compreensão dos dados. No entanto, os humanos desempenham um papel indispensável na orientação da IA e na maximização de sua eficácia na análise e apresentação de informações.
É preciso, portanto, respeitar os três estágios:
Coletando dados brutos
Os humanos definem os objetivos estratégicos e identificam as fontes relevantes a serem incluídas no processo de coleta de dados. Enquanto a IA automatiza a compilação e a estruturação inicial dos dados, os profissionais priorizam as métricas a serem incluídas e validam a consistência dos dados extraídos.
Analisando e extraindo insights
Nesta fase, os humanos supervisionam o trabalho da IA, validando os insights detectados e adicionando interpretação contextual que os algoritmos nem sempre podem fornecer. Por exemplo, entender um comportamento específico do usuário, como o tempo de sessão em uma página de FAQ, exige o conhecimento e a experiência dos profissionais especialistas da agência.
Tomando Ações Estratégicas
Os humanos traduzem os insights gerados em estratégias acionáveis alinhadas com as prioridades da empresa. Para tanto, eles adotam a estrutura de três estágios (introdução, desenvolvimento, resolução) criada para uma data storytelling eficaz:
• Introdução: Apresente os KPIs e o contexto estratégico para captar a atenção (por exemplo, um aumento na taxa de rotatividade).
• Desenvolvimento: Forneça insights e cenários detalhados com base nos dados.
• Resolução: Proponha ações estratégicas claras, como automatizar o envio de um e-mail para reduzir a rotatividade.
Como vimos até aqui, o uso da IA pode potencializar a estratégia de data storytelling. Porém, a intervenção humana continua sendo crucial para contextualizar os dados, interpretar os insights e criar uma narrativa que oriente a tomada de decisão estratégica e eficaz.
O poder do uso de métricas e KPIs na gestão das agências
A adoção de uma estratégia de uso inteligente dos dados e métricas traz uma série de novas possibilidades empolgantes para o futuro das agências. Neste cenário, elas podem navegar em um oceano de dados com facilidade, entendendo problemas em tempo real e tomando decisões informadas, mais rápidas e mais humanas.
Ao combinar IA e expertise humana, essa abordagem promete se consolidar como uma prática de gestão mais rápida, precisa e contextual. À medida que mais agências adotam uma cultura orientada por dados, é essencial que recomendações estratégicas sejam adaptadas às necessidades e prioridades específicas de cada empresa.
Para os gestores de agências, os dados e métricas são valiosos porque fornecem visão 360 da operação. O resultado pode ser ainda mais positivo quando a equipe conta com um sistema de gestão poderoso, como o Operand, para ajudar.

O software permite visualizar o andamento das atividades, das receitas e despesas, e ainda gera muitos relatórios de forma prática, com todas as demandas da empresa integradas em um só lugar.
Se você quer saber, por exemplo, o índice de retrabalho, para entender a produtividade da equipe, o Operand ajuda. Em dúvida, sobre a lucratividade de um projeto ou campanha? Os relatórios do sistema fornecem dados precisos que orientam a tomada de decisão informada, transparente e assertiva.
Ao seguir um processo estruturado de acompanhamento e análise de dados, os líderes de agência aprimoram as práticas de gestão, reduzindo riscos, mitigando impactos e aproveitando as oportunidades do setor.
Portanto, invista em uma plataforma de gestão robusta e encontre as métricas e indicadores mais relevantes e com fontes de dados seguras. A tomada de decisão baseada em dados é o futuro das empresas e dos negócios.

Jornalista por formação e Especialista em Administração da Comunicação pela Sustentare Escola de Negócios. Apaixonada por pessoas e curiosa, tem a certeza que nasceu para comunicar. Há dez anos, trabalha na área, tendo ampla experiência em comunicação corporativa, inbound marketing e gestão de redes sociais.
- Por Ariadna Straliotto em 20/02/2025
- Categoria: Gestão