Boleto com registro: o que você precisa saber e fazer para ter uma transição sem complicações
Não é novidade para ninguém que o boleto bancário é uma das formas de pagamento preferidas em todo o Brasil. Principalmente para efetuar cobranças e pagamentos entre empresas. Por isso, toda e qualquer mudança no formato pode soar como uma ameaça. Mas fique tranquilo, este não é o caso para as novidades na emissão de boletos. Confira neste post tudo sobre boleto com registro.
No primeiro semestre de 2016 a Febraban, a Federação Brasileira de Bancos, anunciou o “fim do boleto sem registro”, a partir de Janeiro de 2017. Esta medida garante mais segurança e efetividade dos títulos de cobrança. Segundo a Febraban, são emitidos cerca de 3,5 bilhões de boletos anualmente em todo o território nacional e aproximadamente 40% destes são da modalidade sem registro. Ou seja, boa parte destes títulos de cobrança estão suscetíveis a falhas de segurança. Tornando a medida, que faz parte do projeto Nova Plataforma de Cobrança, necessária.
1 – Quais são as diferenças entre boletos com registro e os sem registro? Por que boletos registrados são mais seguros?
Simples, na modalidade registrada há muito mais comunicação com as instituições financeiras e validações das informações. Dentre as principais características dos boletos registrados está a comunicação com o banco em duas fases: pré (durante emissão) e pós pagamento do boleto. Para emitir um boleto nesta modalidade é preciso enviar ao banco um arquivo de remessa, responsável por levar as informações completas daquela cobrança para o banco.
Este arquivo é então validado pelo banco. E o boleto fica disponível para pagamento e baixa mediante a ação do pagador. Desta forma, quando o pagamento é efetuado, o banco tem todas as informações necessárias para identificar a quitação, evitando erros. Após o pagamento, outro arquivo de remessa é utilizado para validar a quitação. Ou seja, garantindo que todos os passos do processo tenham sido concluídos corretamente.
Todas estas validações têm o propósito de evitar fraudes, tanto para consumidores quanto para empresas. Garantindo que os pagamentos sejam depositados nas contas corretas. Outra característica importante sobre boletos com registro, que os diferem dos sem registro, é a obrigatoriedade de se fornecer as informações completas para emiti-lo. Sendo assim, não há como emitir boletos com registro sem fornecer os dados cadastrais completos do cobrador e do pagador. Bem como sem a especificação da data de vencimento e do valor a ser pago. Desta forma, evita-se que “boletos frios”, com campos em aberto, sejam gerados, garantindo mais segurança para todos os usuários.
Outra grande e importante vantagem dos boletos com registro é a possibilidade de protestar pagadores inadimplentes. Este fator é importante para quem sofre com muitas alterações nas datas de vencimento dos boletos. E com inadimplência de clientes. Desta forma, a negociação do pagamento fica mais assertiva e menos ao acaso, garantindo menor índice de inadimplência.
Com todas estas mudanças positivas para a segurança, o banco cobra em contrapartida algumas taxas que não eram cobradas nos boletos sem registro. Como: taxa de emissão e reemissão, taxas para alterações no título, taxa de protesto e etc.
2 – Quais mudanças serão enfrentadas com a chegada desta novidade? E como se preparar para a transição?
Se você trabalha com boletos sem registro, é importante saber que a partir de Janeiro, quando a medida entra em vigor, sua empresa contará com novas despesas para a emissão de títulos de cobrança. Pois não será possível continuar emitindo boletos sem registro. Também é relevante saber como funciona o processo de envio e validação de arquivos de remessa do seu banco. Cada instituição financeira possui a sua própria forma de trabalhar com estes arquivos.
Além disso, vale a pena comunicar seus clientes sobre a mudança, para que eles saibam como você irá atuar a partir de 2017. Procure informar sobre as alterações em protestos, taxas bancárias e outras novidades. Você pode aproveitar o momento para renegociar algumas dificuldades que existiram com boletos sem registro – como pagamentos em atraso.
Enfim…
Do ponto de vista do processo interno da sua empresa, é importante saber que a pessoa responsável pelo financeiro terá algumas tarefas adicionais para realizar. Dentre elas estão completar os dados cadastrais de seus clientes, gerar, enviar e validar arquivos de remessa do seu banco. Portanto, aproveite Dezembro para viabilizar a transição de uma maneira suave. Peça para seus profissionais financeiros dedicarem parte do seu tempo neste último mês para entender o funcionamento do sistema do seu banco, além de já começar a completar os cadastros dos seus principais clientes.
Enfim, considerando o tempo que resta neste ano, você e sua empresa podem se preparar para começar 2017 com fôlego total e um formato de cobrança mais eficiente e seguro.
Aproveitando, saiba mais sobre 5 pautas do Operand: ferramentas essenciais para a gestão de tarefas.
- Por Editor em 22/11/2016
- Categoria: Produtividade