Times cross-funcionais e Squads: qual a diferença entre eles?

Para se manterem competitivas, organizações de vários setores vêm buscando diferentes maneiras de inovar na gestão. Do desenvolvimento de produtos e serviços, passando pela execução de projetos até a condução de times, os desafios são muitos. Dentre tantos, inspirar as pessoas, mantê-las motivadas e garantir a produtividade é um dos principais. 

Nesta busca por soluções inteligentes e criativas, várias metodologias ágeis e técnicas de gestão vêm sendo criadas. A formação de times cross-funcionais e squads ganha cada vez mais destaque. A tendência se confirma com mais frequência em empresas que já nasceram na era da transformação digital, como as startups e fintechs.

Contudo, se bem aplicado, o modelo promete melhorar a organização e potencializar os resultados de qualquer tipo de empresa. Quer melhorar a eficiência da sua operação, usando os times cross-funcionais e squads? Avance na leitura desse texto e entenda como você pode incorporar o método.

Definindo: squads e times cross-funcionais

Tradicionalmente, as empresas usam um modelo de divisão de equipes por área de formação e atuação. Em uma empresa, por exemplo, o marketing é um setor, que interage com o comercial, o financeiro, o recursos humanos e, quando preciso com os gestores das demais áreas também.

Igualmente, em uma agência de publicidade, também existe uma divisão clara por setores: atendimento, redação, criação, direção de arte e assim por diante. 

Nos squads, a formação de departamentos não é o foco

Esse modelo reúne dos profissionais em projetos pontuais, para que eles desenvolvam soluções juntos. Os squads também são times cross-funcionais.

Ou seja, são formados por um por um número de membros que varia entre 3 a 10 participantes. Vale destacar que, nesta estrutura, não existe líder e os envolvidos têm autonomia para se organizarem. Eles podem construir um plano de trabalho e pensarem, juntos, em como irão fazer as entregas necessárias para atingir os objetivos desenhados. 

Já os times cross-funcionais…

Se caracterizam, especialmente, por reunirem profissionais de diversas áreas de formação. Este modelo não prevê a divisão de tarefas, nem mesmo entregas individuais. 

Pelo contrário, a proposta é promover o encontro de pessoas com expertises variadas. Desse modo, a soma de diferentes contribuições será capaz de oferecer todo o suporte necessário no desenvolvimento de um projeto ou serviço.

Ademais, este tipo de estrutura se destaca por ser menos hierárquica e vertical, se comparada aos modelos de divisão de trabalho em setores. Assim, após a conclusão do projeto, os times podem ser desfeitos ou, ainda, mantidos para a execução de outras ideias e propostas. 

Vantagens e os pontos de atenção dos times cross-funcionais e squads

Ao optar por trabalhar com times cross-funcionais e squads, o gestor desperta um novo mindset nos profissionais, promove uma transformação importante no ambiente organizacional e, claro, prioriza a eficiência e a produtividade da equipe

Contudo, além dessas, existem outras vantagens e desvantagens que você precisa conhecer. Veja só!

Integração do time

Como os profissionais desenvolvem um trabalho em conjunto, a integração entre eles e a multidisciplinaridade na formação dos times cross-funcionais e squads são fundamentais. Ou seja, o modelo proporciona uma aproximação entre as pessoas que, possivelmente, não aconteceria na divisão de setores.  

Acompanhamento dos processos

Como os profissionais trabalham juntos em grupos menores, acompanhar o andamento do projeto se torna mais fácil. Ou seja, é possível garantir que cada um dos envolvidos saiba exatamente a fase do projeto e, com isso, identifique como ele pode contribuir de maneira mais assertiva.

Desburocratização

Sabe aquele desenho de processos e a espera pela conclusão das burocracias de um setor, para que o outro consiga trabalhar? Este tipo de modelo de trabalho elimina esse fluxo demorado que costuma se arrastar e impedir o avanço das atividades. Isso porque os times cross-funcionais têm autonomia. Portanto, eles tomam todas as decisões juntos e, assim, podem dar andamento às ações previstas no projeto.

Conferir autonomia, sem liderança

Em um primeiro momento, pode ser que sua equipe encontre dificuldade para trabalhar sem a orientação de um líder. Além disso, tenha em mente que, neste modelo, o gestor empodera as pessoas, de tal modo que elas passam a ter autonomia para deliberar sobre questões estratégicas. Esse é um risco que você precisará correr, se quiser apostar em times cross-funcionais e squads. 

Alinhamento de objetivos

Esse é outro ponto de atenção deste tipo de modelo. Para que os profissionais conquistem sucesso usando esta técnica, o gestor precisa se certificar que todos os envolvidos têm a mesma compreensão sobre a missão da empresa, bem como em relação ao propósito e aos objetivos do projeto. Caso contrário, os profissionais podem ficar perdidos ao longo da execução e deixarem de fazer entregas conforme o esperado.

Comunicação é essencial

Se os times cross-funcionais e squads não tiverem ferramentas adequadas, nem aprenderem a se comunicar de maneira clara e eficiente, o projeto pode estar em risco. Afinal, um dos diferenciais desses times é justamente a integração. Para que ela seja possível, a comunicação é indispensável. Além de ter uma visão global do projeto e da empresa, os envolvidos precisam estar em constante conversa e interação.

Cases de sucesso

Mesmo requerendo alguns pontos de atenção, a formação de times cross-funcionais e squads tende a trazer resultados muito positivos. Não à toa grandes empresas estão apostando neste modelo ágil, para conduzir os trabalhos e gerir o time. 

O Spotify ganhou destaque como a pioneira no uso do método squad . Em um ambiente pautado colaborativo, que inspira e estimula a inovação, os times são divididos por funcionalidade do software. Eles são responsáveis por todo o projeto e têm autonomia para tomar decisões técnicas.

Além disso, os processos são otimizados ao máximo. Afinal, é desse modo que a empresa consegue poupar recursos, incluindo o tempo dos profissionais, e potencializar os resultados. 

Seguindo a mesma linha, o Nubank também utiliza os princípios da formação de times cross-funcionais e squads para organizar suas equipes. Desse modo, a fintech estimula o engajamento dos profissionais, despertando também o sentimento de pertencimento. 

Por sua vez, eles se sentem como ‘donos do negócio’ também. Com isso, fazem entregas com mais qualidade e se propõem a resolver problemas com mais foco, sempre que eles surgem.

Times cross-funcionais e squads para um novo posicionamento

Pode parecer exagero, mas não é. A partir do momento que você opta por priorizar a formação de times, tomando esses modelos como base, nasce uma nova empresa. 

Com uma equipe integrada, que conversa, alinha e cria em conjunto, ferramentas ágeis, burocracias eliminadas, velocidade na produção e nas entregas, ambiente colaborativo, profissionais com autonomia e criatividade aplicadas a um relacionamento humanizado com o cliente.

Experimente o conceito na prática e surpreenda-se com os resultados! Quer saber mais sobre o modelo? Confira o nosso artigo “Squads no marketing: o que são, por que e como utilizá-los”.