Falta de engajamento na equipe? Esses podem ser os motivos

Cada vez mais, o trabalho conjunto dos profissionais de diferentes áreas é tido como uma das principais alternativas para elevar o patamar de gestão e o desempenho das corporações. Além disso, como as empresas incentivam a integração de áreas, o compartilhamento de desafios e aprendizados e a ajuda mútua algo muito bom acontece. Ou seja, o espírito de equipe vem ganhando destaque como um dos principais valores para muitas organizações. Mas, embora o esforço para fortalecer os times seja grande, alguns aspectos, quando não alinhados ou solucionados em tempo com sensibilidade e senso estratégico, podem resultar na falta de engajamento na equipe.

Elencamos alguns fatores que podem sugar a energia da sua equipe e a sua também. Portanto, identifique quais incomodam você e seus colegas, trabalhe para eliminá-las e potencialize a capacidade de entrega da sua equipe.

1. Falta de sensibilidade social, empatia

Para um grupo se manter forte e unido, a honestidade e a confiança mútua são essenciais. Além disso, quando os profissionais têm certeza que não serão rejeitados, excluídos ou humilhados, eles passam a se relacionar com mais franqueza e honestidade. De modo que potenciais problemas são eliminados na raiz. Assim, tensões são aliviadas e o ambiente de trabalho ganha ares de respeito e energia de cooperação.

Julia Rozovsky, Analista do Google, conduziu pesquisas do Projeto Aristóteles. Que analisou o modo como os membros de um grupo se relacionam e o que interfere no desempenho deste. Foram encontrados dois fatores comuns as equipes que se destacavam:

Sensibilidade Social: a capacidade de uma pessoa reconhecer o que a outra está sentindo; e

Segurança Psicológica: quando se estabelece um clima de confiança e respeito. Ou seja, cada membro tem a sensação de que não será ridicularizado, rejeito ou punido pelo grupo.

O estudo desenvolvido pelo Google confirma o que muitos profissionais e gestores já defendiam: a empatia e a sensibilidade são fatores determinantes para impulsionar o desempenho das equipes. E, assim, garantir a sustentabilidade da organização.

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2. Motivação em baixa

Em qualquer empresa, as pessoas têm a necessidade de se sentirem parte do que que está acontecendo e mais: se sentirem participantes, conscientes de como o trabalho delas pode contribuir para o alcance dos objetivos da empresa.

Neste processo, o reconhecimento e o mérito são elementos indispensáveis para manter a motivação da equipe em alta. Certamente, ao reconhecer um trabalho benfeito, por meio de avaliações, registros de e-mails ou mesmo em conversas informais, o gestor empodera os profissionais. Ou seja, renovando assim, em cada um a vontade de fazer mais e melhor, fortalecendo a equipe e mantendo vivo o orgulho de pertencer à empresa.

O reconhecimento é a prática mais acessível, eficiente e simples de incentivar a equipe a seguir em frente.

3. Atrito entre funcionários

O potencial de um time pode ser reduzido a zero quando não existe mais respeito, harmonia e segurança psicológica. Muitas vezes, o ambiente de trabalho é minado por fofocas e intrigas. Além disso, inseguranças e frustrações que, muitas vezes, impactam na rotina e na convivência dos profissionais, acabando com o engajamento. Portanto, são vários os motivos que levam as pessoas a vivenciarem atritos com os colegas e a falta de engajamento na equipe:

  • Reações resultantes dos sentimento de frustração, inveja, medo ou boicote;
  • Falta de valores como responsabilidade, ética profissional e respeito;
  • Ansiedade derivada do descontentamento com colegas e com o trabalho e da insatisfação com o ritmo de vida. Ou seja, a agenda sempre cheia, a remuneração injusta e a jornada extensa;
  • Desequilíbrio mental, emocional, físico e espiritual, derivado de aspectos como instabilidade no emprego e sensação de incompetência profissional. Ou até mesmo pressão para comprovação de resultados e falta de reconhecimento;
  • Má distribuição de tarefas: devido à falta de supervisão e acompanhamento, pode ser que alguns profissionais sejam responsáveis por uma quantidade excessiva de atividades. Enquanto outros têm poucas tarefas em pauta.
  • Por estas e outras razões, comumente, os profissionais enfrentam dificuldades de relacionamento. E até mesmo de fôlego para a execução das atividades. A falta de harmonia, empatia e segurança psicológica compromete a autoconfiança do time. E, além disso, ainda que sutilmente, comprime seu potencial.

4. Falta de presença e suporte do gestor

Assim como uma sociedade monarca deixa-se reger pela sua majestade, o time de uma organização sente a necessidade de ser pautado pelo seu CEO. Contudo, na condição de líder, ele é e sempre será referência para todos os profissionais, de todas as áreas. Portanto, ele precisa estar sempre presente, participar da gestão e acompanhar o andamento das atividades e a performance dos profissionais. Porém, isso não significa que ele deve pegar tudo pra si, centralizando a gestão.

Pelo contrário, um bom líder é capaz de estabelecer relações de confiança com seus liderados. Além disso, de delegar e ser ágil na tomada de decisões, sempre que preciso.

De todo modo, é preciso estar perto das pessoas e deixar que elas participem da gestão. Lembre-se: a força motriz da empresa vem dos profissionais. Certamente, ao líder, cabe o desafio de ensinar, guiar e estar pronto para orientar e nortear o time. Uma equipe conquista alta performance quando conta com a presença, o acompanhamento e o apoio do seu líder.

5. Falta perspectivas e propósito

Quando um profissional ingressa na empresa ou, então, assume um novo cargo, ele traz uma carga alta de energia. De vontade de fazer acontecer e, também, um conjunto de expectativas que tende a conduzir à motivação.

Mas, quando a cultura da empresa vendida no processo de recrutamento é apenas ‘fogo de palha’ as expectativas diminuem e a motivação declina. Além disso, os profissionais se engajam quando existem perspectivas confirmadas e um propósito claro.

A falta de novos desafios, de um plano de carreira, de perspectivas de crescimento e, principalmente, a falta de propósito da organização dispersa os profissionais. E, faz com que a maioria poupe energia. Assim como na vida pessoal, os profissionais precisam de sonhos (metas, se preferir assim). E de uma razão maior para se engajar.

6. Ambiente de trabalho pesado

Na maior parte das vezes, a empresa é muito mais impactada pela energia das pessoas e pelo modo como elas se relacionam e interagem do que pelas facilidades e comodidades da sua estrutura física. Se os papéis dos profissionais não estão bem definidos, e não há harmonia e diálogo entre os membros do grupo, o ambiente de trabalho tende a ser mais sério. Ou seja, mais embaraçoso, mais desgastante, dificultando a interação, a integração e a entrega das pessoas. O resultado? É, falta de engajamento na equipe.

Enfim, quando o ambiente de trabalho não revela coerência com o propósito da empresa e não deixa as pessoas à vontade, comprimindo sua energia e tolindo suas atitudes e iniciativas, deixamos de ter um aspecto positivo a nosso favor. E, assim, nos distanciamos de um dos nossos objetivos centrais: manter uma relação próxima e produtiva com alunos e colegas de trabalho.