Campanha política e publicidade: tudo o que a sua agência precisa saber para atuar com marketing político
Para as agências de publicidade e propaganda, seja em ano eleitoral, de campanha política ou não, o marketing político é sempre uma grande oportunidade de vender novos projetos.
O volume de recursos do Fundo Eleitoral, destinado ao financiamento de campanhas políticas, é altíssimo. O repasse chegou à casa dos R$ 4,9 bilhões, em 2022, sendo que o valor foi distribuído entre os 32 partidos participantes das eleições. Na prática, o repasse do fundo eleitoral viabiliza as campanhas.
Por meio de uma estratégia de comunicação política eficaz, as equipes criam ações para que as campanhas políticas sejam fortes e eficazes. Ficou curioso e quer saber mais sobre o que é e como funciona o marketing político? Continue lendo e saiba mais!
Você vai ler neste post
- O que é marketing político?
- Marketing político X marketing eleitoral: quais as diferenças?
- Como fazer uma campanha política por meio do marketing?
- Quais as áreas de atuação dos profissionais de marketing político?
- Principais estratégias
- Quais redes sociais utilizar?
- Saiba como explorar as redes sociais
- Plano de marketing para campanha política: confira o passo a passo!
- Bons exemplos de marketing político
O que é marketing político?
O marketing é uma ciência que estuda o comportamento dos indivíduos que integram determinado mercado. Na prática, essa análise é feita por meio de pesquisas, diagnósticos e prognósticos. Se aplicarmos essa ciência à política, temos o marketing político, que serve para analisar o comportamento dos possíveis eleitores e projetar uma imagem do candidato que possa agradá-los.
Ou seja, o marketing político é uma estratégia de comunicação, que reúne uma série de atividades com o intuito de criar uma percepção positiva e gerar relacionamentos entre eleitores e organizações, pessoas públicas e projetos.
Ao construir uma estratégia, o candidato busca se aproximar do cidadão e conquistar o apoio das comunidades em relação a alguns candidatos e projetos.
Antes da popularização da internet e dos canais digitais, essa atividade era pensada e desenvolvida somente para o período eleitoral. Entretanto, analisando qualquer campanha política recente, é possível verificar que o melhor jeito de criar e manter essas conexões é durante o ano inteiro.
Dessa maneira, é essencial que os políticos se posicionem, respondam a dúvidas e críticas e interajam. Isso porque com o amplo uso dos meios digitais a comunicação ganhou velocidade, provocando mudanças de hábitos no eleitorado.
Por exemplo, antes para se fazer uma reclamação quanto a um projeto era necessário ir até a câmara de vereadores, em um espaço democrático chamado Tribuna Livre, onde o cidadão poderia demonstrar toda sua insatisfação. Ou ir até uma emissora de rádio ou TV e realizar uma denúncia e apontar o porquê da insatisfação.
Hoje em dia, com um simples aparelho celular, o cidadão pode reclamar, cobrar satisfações e exigir que os políticos tomem atitudes, trazendo melhorias para o povo.
Sendo assim, o marketing político pretende analisar os anseios e necessidades recorrentes dos eleitores, a fim de adequar o discurso do candidato, para que ele responda às preocupações da sociedade.
Marketing político X marketing eleitoral: quais as diferenças?
Como vimos, o marketing político é realizado o ano inteiro por meio de campanhas políticas e da criação de uma imagem positiva do candidato perante o eleitorado. Ele é pensado e desenvolvido para proporcionar a criação de um vínculo, uma aproximação entre o político e os eleitores.
Já o marketing eleitoral acontece apenas no período de eleições, ou seja, é reservado somente ao momento de disputa por um cargo público,e tem como único objetivo fazer com que o político vença as eleições.
Sendo assim, podemos ver a clara diferença entre ambos. O marketing eleitoral é utilizado somente para o período das eleições, já o marketing político dura o ano inteiro, principalmente após o pleito.
Portanto, os dois possuem estratégias de comunicação que visam objetivos diferentes, um é pensado para preparar o candidato para uma próxima eleição, e o outro é desenvolvido para fortalecer sua imagem junto à população.
Como fazer uma campanha política por meio do marketing?
O marketing político não é nada sem ações efetivas. Por isso, é importante que a sua equipe, juntamente com o candidato, trabalhem para construir uma imagem forte e carismática perante o público.
E antes de começar a criar as estratégias, é preciso identificar quem é o eleitorado, ou nesse caso, a persona do candidato. Diferente do público-alvo, que apresenta informações gerais e de maneira ampla, ela consiste em apresentar detalhes mais específicos e é criada com base em dados reais.
Criar as personas, para a campanha política, auxilia a desenvolver estratégias e visa segmentar os públicos distintos dentre um mesmo eleitorado. A partir daí, construir as ações de marketing torna-se muito mais fácil. Confira alguns passos que irão ajudar nesse momento:
Criação de uma imagem positiva
A imagem do candidato é importante e deve ser trabalhada com cuidado. Para tanto, entender o eleitorado pode ajudar nessa tarefa. Além disso, para ter uma imagem positiva o elo entre candidato e eleitor é construído com base nas entregas, isto é, para estabelecer esse vínculo é necessário desenvolver atividades, como:
Manter os eleitores informados
A equipe de marketing deve instruir o candidato a deixar os eleitores a par do seu mandato, comunicar como o seu trabalho está beneficiando a população, e o que ainda está para ser feito.
Uma dica é criar um calendário editorial. Assim, é possível estabelecer uma rotina de envio dos materiais, que servirão para informar a população sobre o trabalho que está sendo realizado. Isso fará com que os eleitores vejam o parlamentar com transparência. Além disso, ele permanecerá de forma ativa na mente das pessoas.
Estabelecer contato com a população
É fundamental que o político esteja sempre próximo à população, e não somente em período eleitoral, pois, essa será uma forma de estreitar os laços com o eleitorado. Esse contato direto com os cidadãos proporciona ao político uma oportunidade de fidelização, e é um ótimo jeito de entender os anseios e desejos da população.
Para isso, o candidato pode estabelecer vínculos com líderes de movimentos sociais, sindicais, estudantis, com empresários, diretores de escolas, comunidades, entre outros. É importante ressaltar que esse contato não deve ser encerrado após o candidato vencer as eleições, mas sim reforçado.
Esteja presente em eventos
Nada de aparecer somente em período eleitoral, a equipe de marketing político, deve instruir o candidato a marcar presença constantemente em eventos. Dessa forma, ao criar esse contato, ele será sempre lembrado pela população.
Diferente de uma propaganda eleitoral, o marketing político é baseado em ações desenvolvidas para reforçar a imagem do parlamentar. Sendo assim, as aparições constantes servem para passar uma impressão positiva para as pessoas.
Além disso, é uma ótima forma de aumentar o networking e ouvir a população, e o candidato ainda pode compartilhar esses momentos em suas mídias digitais, reforçando a própria imagem.
Peça feedback
Bom, como podemos perceber até aqui, a população tem um papel imprescindível para a criação de ações de marketing político. Ou seja, é fundamental ouvir seus eleitores.
Para isso, a equipe pode programar campanhas de e-mail marketing que deverão conter enquetes e formulário, onde haja a possibilidade de dar notas, e com espaço para comentários, para avaliar o trabalho do candidato em seu mandato.
É importante que o candidato se mostre aberto a esse feedback. Afinal, os cidadãos que votaram nele entregaram confiança no seu trabalho para trazer melhorias a todos.
Invista no marketing político direto
É uma maneira de direcionar o conteúdo a um destinatário específico, de forma segmentada e mensurável. Para isso, é necessário a utilização de ferramentas como o e-mail marketing e o SMS, que permitem a realização do marketing direto.
Mas, como essas ferramentas podem ajudar?
Digamos que a sua equipe, que cuida da imagem de determinado político, quer enviar um conteúdo e direcioná-lo especificamente a uma pessoa cadastrada em seu banco de dados. Por exemplo, João é professor da rede pública. Então, a equipe pode enviar para ele uma mensagem personalizada, contando sobre ações do parlamentar em seu gabinete que beneficie essa classe da população.
O contato é segmentado, já que a mensagem é direcionada única e exclusivamente a um perfil de eleitor, e mensurável porque a equipe recebe as informações sobre o que aconteceu com essa mensagem, como:
- Ela foi lida?
- Quantas vezes foi aberta?
- O destinatário abriu em algum link presente na mensagem?
Por meio dessas informações, é possível mensurar de que forma os cidadãos veem as ações do candidato, se estão interessadas ou não, e a partir disso, a equipe de marketing irá visualizar meios de reagir e buscar soluções.
Quais as áreas de atuação dos profissionais de marketing político?
Uma campanha política de sucesso exige que o candidato conquiste a população com um trabalho árduo, feito com a ajuda de alguns profissionais, responsáveis pelas seguintes funções:
Coordenação
É o profissional responsável pelas estratégias da campanha política. Ele fica encarregado de organizar os cronogramas e definir as metas que serão repassadas a outros setores. Entre os requisitos para ocupar esse cargo, estão as seguintes competências exigidas:
- Perfil estratégico;
- Liderança;
- Organização;
- Saber se relacionar interpessoalmente;
- Noções de marketing;
- Estar antenado às novidades;
- Saber e entender as leis eleitorais.
Assessoria de imprensa
O objetivo desse profissional é auxiliar na criação da imagem do candidato, para isso é necessário a criação de estratégias comunicacionais para influenciar a decisão dos eleitores.
De uma forma geral, o assessor de imprensa deve auxiliar o candidato colaborando no desenvolvimento dos projetos, educando o público sobre questões sociopolíticas e incentivando uma maior participação democrática.
Sendo assim, as funções exercidas por esse profissional são as seguintes:
- Criar releases;
- Escrever discursos;
- Produzir textos e legendas para redes sociais;
- Elaborar conteúdos para as mídias digitais;
- Estabelecer uma comunicação entre candidato e eleitorado.
Criação de conteúdo e mídia
Para a criação de uma campanha política matadora é necessário ter um profissional que domine a criação de conteúdos, que faça boas imagens e gravações de vídeos.
Ele será a pessoa responsável por guiar o político em frente às câmeras, auxiliando a ter uma desenvoltura e ensinando a como se comunicar com o público.
Analista de mídia
É o profissional dedicado a fazer o impulsionamento de publicações feitas pelo perfil do candidato. Ele fica encarregado de mensurar o conteúdo, verificando como as pessoas estão recebendo as publicações do candidato.
Com as ferramentas de análise integradas às redes sociais, é permitido identificar o público, por faixa etária, gênero, localização, entre outros detalhes. Assim, é possível realizar uma segmentação dos eleitores e produzir conteúdos específicos que vão atraí-los.
Analista de relacionamentos e mobilização
Fica encarregado de responder os comentários nas páginas e é responsável por se comunicar com o público. Além disso, esse profissional pode trabalhar para engajar a audiência, mobilizando simpatizantes do candidato ou militantes.
Monitoramento
O profissional que atua com este foco fica responsável por identificar as menções publicadas nas redes sociais, mensurar como determinada palavra é indexada pelos mecanismos de busca e monitorar o posicionamento do site.
Ou seja, ele tem como função monitorar e mensurar esses dados, para auxiliar na criação de estratégias e no desenvolvimento de conteúdo.
Principais estratégias
Agora que você já sabe como iniciar o planejamento de uma campanha política baseada em marketing e conhece as áreas de atuação, vamos elencar as principais estratégias que a equipe de marketing político não deve deixar de lado. Confira:
Criação de uma marca positiva
A equipe pode investir na criação de uma identidade visual e de um slogan, não para ser usada somente em período de campanha eleitoral, mas sim durante todo o ano.
Por exemplo, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, marcou a população norte-americana ao utilizar a frase “Yes, we can” (sim, nós podemos), criando uma proximidade com os eleitores, como se fizessem parte da equipe. Aqui no Brasil, tivemos JK, que marcou a política brasileira ao disseminar seu plano de metas “50 anos em 5”.
Como podemos ver, um slogan pode fazer toda a diferença, ajudando a reforçar a imagem do político perante à população. Ele pode ainda ser lembrado por uma área específica de atuação, como educação, economia e infraestrutura, passando uma certa autoridade.
De qualquer forma, construir essa marca pessoal é uma ótima estratégia e faz toda a diferença na hora de desenvolver a própria carreira no ramo político.
Construção de uma comunidade
O apoio popular é fundamental para garantir uma vitória do candidato em questão, e deve ser trabalhado constantemente, não somente na hora de angariar votos.
Para tanto, criar uma comunidade de apoio é importante, pois auxilia na criação de debates e no fortalecimento de ideias. Um bom ambiente para iniciar esse trabalho é a atmosfera digital.
Invista em conteúdo
A melhor forma de se manter em alta perante o eleitorado é investindo na criação de conteúdo, mas é importante que a produção seja feita de maneira estratégica.
Além disso, é importante que a equipe de marketing político saiba em qual formato investir, pode ser texto, imagens ou vídeos. A criação de conteúdo é uma forma simples de espalhar as ideias e mostrar os objetivos do candidato.
Marque presença no digital
Uma boa maneira de criar uma imagem positiva e estabelecer contato com o público é por meio de ambientes digitais, como as redes sociais.
Elas são uma ótima forma de interação e o político ficará por dentro do que está sendo comentado sobre ele. Mas é importante ressaltar que elas devem ser usadas com cuidado, uma vez que o compartilhamento hoje em dia é muito mais rápido.
Quais redes sociais utilizar?
As redes sociais estão em alta. Elas trazem espaços para debates, compartilhamento de informações e opiniões, ou seja, são perfeitas para interação social.
Por isso, a utilização delas já é obrigatória no marketing político, pois é um excelente jeito de conquistar e cativar o eleitor atualmente.
No entanto, para que isso dê certo, é preciso explorá-las da melhor forma possível. A seguir veja como e o porquê investir em cada tipo de rede, e saiba quais ferramentas e funcionalidades de cada uma.
É uma das redes sociais mais populares, estima-se que há cerca de 2,9 bilhões de usuários ativos no mundo todo. Já no Brasil, a rede criada por Zuckerberg possui 116 milhões de brasileiros ativos.
O Facebook possibilita uma rápida interação social e suporta diversos tipos de mídia, como imagens, vídeos, textos, links externos e ainda permite a criação de lives ao vivo.
Inclusive, os recursos de transmissão ao vivo vêm sendo bastante utilizados pelos políticos, principalmente para transmitir as plenárias. Dessa maneira, eles podem fazer comentários sobre o assunto em pauta.
Uma rede social altamente visual, o Instagram é uma ótima ferramenta para compartilhar as imagens das ações feitas pelo político e divulgar a participação em eventos e propostas. As fotos e vídeos publicados no feed ficam disponíveis a qualquer momento. Dessa forma, qualquer pessoa que acessar o seu perfil pode visualizar essas ações.
Já o Story é um recurso que permite o compartilhamento de fotos e vídeos, com duração de até 24 horas. Nele, é permitido incorporar gifs animados, enquetes, perguntas, entre outras coisas. Por ter uma abordagem mais informal, essa ferramenta é um convite para a interação.
Por meio dos stories, o político pode compartilhar o seu dia a dia, durante a campanha política ou o cotidiano do gabinete para os eleitores.
Uma rede social rápida e instantânea, o Twitter permite a publicação de textos curtos, com aproximadamente 140 caracteres. É uma opção dinâmica para os políticos que querem ir direto ao ponto em relação a algum assunto que esteja em alta.
Entretanto, ele apresenta uma desvantagem: como é uma rede mais dinâmica, os assuntos podem ficar rapidamente ultrapassados. Isso porque o fluxo de notícias e novidades é alto. Dessa forma, as informações vêm e vão embora muito rapidamente.
Esta é uma ótima ferramenta para saber o que está em alta, tanto no país quanto no mundo todo. Além disso, as hashtags (#) servem como mecanismos de busca. Uma dica: ao usar o twitter para compartilhar links é bom usar ferramentas para encurtá-los, assim sobra mais espaço para desenvolver o conteúdo.
O LinkedIn é uma rede social bastante similar ao Facebook, onde é possível realizar a publicação de diferentes tipos de mídias. No entanto, a rede tem como foco a troca de informações em um âmbito mais profissional.
Por ser uma rede mais séria, é ideal para engajar o público com temáticas mais macros como economia, educação, segurança, entre outros.
Perfeita para desenvolver o próprio networking, estabelecer contato com empresas e para divulgar o trabalho realizado.
Saiba como explorar as redes sociais
Marcar presença nos meios digitais é importante para a criação e construção de uma boa imagem perante o eleitorado. Por isso, é fundamental saber explorar bem os recursos de cada ferramenta.
Dessa forma, o ideal é que a equipe crie um cronograma de postagens, elaborando conteúdos, selecionando as imagens e vídeos, e o mais importante: mensurando os resultados de cada ação. Confira agora algumas dessas estratégias:
Divulgue ações
A equipe do marketing político deve realizar os registros – tanto em vídeo quanto em imagem – das ações como: proposta, aprovação ou votação de um projeto. Esse material servirá para a divulgação, que pode ser feita de diferentes maneiras, como por meio de uma imagem chamativa ou um vídeo do candidato trazendo uma novidade, por exemplo.
Promova enquetes e questionários
Bom, como já mencionamos, a participação popular é peça chave na criação do marketing político.
Por isso, criar caixas de diálogo e enquete nos stories do Instagram, por exemplo, é uma ótima forma de interagir com o público.
Sendo assim, a equipe do político não pode perder a oportunidade de perguntar aos seguidores o que eles pensam sobre determinados assuntos. Dessa forma, você entenderá quais são as demandas e interesses do povo.
Se posicione em relação a assuntos em alta
Atualmente, as coisas são mais dinâmicas e tudo muda muito rapidamente. O tempo inteiro surgem novas discussões e temas controversos ficam em alta.
Sendo assim, é importante ter um posicionamento perante esses assuntos. Caso isso não aconteça, o político pode passar uma imagem de quem não se importa com os temas relevantes para a sociedade.
É importante que esse tipo de abordagem seja feita sempre de maneira respeitosa, sendo que o candidato deve ter cuidado com assuntos mais polêmicos. Acima de tudo, é primordial ter ética e bom senso.
Interaja com os usuários
Um político não é nada sem os seus eleitores, por isso é fundamental interagir com eles. Além disso, não basta ter um site ou rede social com diversos seguidores, que comentam a todo momento, mas não interagir com eles.
Por isso, é imprescindível que o candidato ou a equipe respondam a esses comentários, tanto as críticas positivas quanto as coisas negativas. E, caso as respostas partam de algum assessor é importante que isso fique claro no fim de cada comentário.
Ou seja, não basta apenas postar conteúdo nas redes sociais, é preciso interagir com o público, responder os comentários feitos(principalmente os negativos) e dar feedbacks. Mas principalmente o candidato deve estar sempre pronto para esclarecer eventuais dúvidas e aberto a ouvir críticas.
Faça lives
Com a pandemia, as lives se tornaram bastante comuns e hoje estão em alta, fazendo o maior sucesso entre os internautas.
Isso porque elas permitem que o usuário reaja em tempo real, deixando comentários, fazendo perguntas ou críticas. Quem faz a transmissão pode responder rapidamente.
É uma ferramenta prática e eficiente que propicia um contato mais direto com a população, fortalecendo as ações de marketing político.
Engajamento
De nada adianta postar o tempo todo e não conseguir chamar a atenção dos usuários. Isso significa que a equipe de marketing deve investir na produção de conteúdo de qualidade.
Para isso, é importante criar postagens que convidem a participação dos usuários. Somente assim é possível envolver a população e construir uma imagem positiva do político.
Plano de marketing para campanha política: confira o passo a passo!
1º Monte uma equipe qualificada
Nada de exageros, às vezes menos é mais. Saiba que é preciso investir em uma equipe qualificada para conseguir bons resultados. Então, saiba como montar um bom time, invista nas contratações certas e busque profissionais dedicados capazes de fazer um bom trabalho.
2º Escolha as ferramentas certas
São diversas as ferramentas utilizadas nas estratégias de marketing digital que podem auxiliar na construção da campanha política. Por isso, é fundamental saber escolher as que atendem melhor suas necessidades.
Por exemplo, o Google Analytics, muito usado no marketing digital, visa monitorar o tráfego em um site ou aplicativo. Ele permite a análise de relatórios padrão, fornece informações sobre a audiência, como idade, gênero, origem do acesso, entre outros. Sendo assim, é uma ótima ferramenta para a gestão de sites.
Seja criterioso na seleção dos recursos que serão usados, para que eles, de fato, ajudem e não atrapalhem. O objetivo é facilitar o trabalho e não dificultá-lo.
3º Elabore um calendário editorial
Um calendário editorial permite que você planeje os conteúdos a curto e médio prazo, sabendo tudo que irá ao ar. Além disso, é possível apresentar esse plano ao político, para que ele fique a par do que será publicado.
Isso passa a imagem de organização ao público e facilita o seu dia a dia. Assim, o político marcará presença constante nas redes, alimentando seus canais.
Além disso, é possível automatizar as publicações, reduzindo os riscos de ficar muito tempo sem postagem e otimizando os resultados.
4º Produza e divulgue os conteúdos
Invista na criação de conteúdo de qualidade, como: artigos, blogposts, publicações em redes sociais, entre vários outros tipos de materiais.
Por exemplo, o conteúdo nas mídias sociais pode ser usado como chamariz para o site, convidando o eleitor a se aprofundar sobre determinado assunto, que é pauta da sua campanha política.
Saiba explorar bem cada recurso, funcionalidade e ferramenta, e, acima de tudo, identifique onde o seu público está para investir na rede preferida dele.
5º Crie uma lista de contatos
Contatos são fundamentais para construção de uma boa campanha política, pois você precisa ter para quem enviar os materiais criados para a divulgação do candidato.
Por isso, é aconselhado estimular a inscrição das pessoas nos canais do político. Outra forma de conseguir esses contatos é por meio de formulários no site institucional do candidato. É possível incentivar as pessoas a se cadastrarem para receber informações sobre o que o político está fazendo, diretamente na sua caixa de e-mail.
6º Construa engajamento com sua audiência
É importante estimular a interação dos eleitores com as publicações do político. Isso é fundamental para a construção da sua imagem e sua popularidade. Compartilhe seu dia a dia de trabalho, abra espaço para eles deixarem suas opiniões e esteja aberto a críticas. Isso demonstra que o seu trabalho é construído para o eleitorado e que você está aberto a mudanças, se for o caso.
7º Monitore seus resultados
Não tem jeito melhor para definir as estratégias: o melhor ponto de partida é análise das métricas que a equipe de marketing identifica o que está funcionando ou não.
Por exemplo, se o político posta o tempo todo nas redes sociais, mas a taxa de interação é baixa, então há algo de errado. Pode ser que o horário da postagem não seja o ideal ou, então, que as imagens e vídeos não estejam conversando de maneira correta com o usuário.
Enfim, existe uma infinidade de possibilidades. E somente a partir da mensuração desses resultados a equipe conseguirá reverter o que está acontecendo e melhorar suas estratégias.
Bons exemplos de marketing político
Ainda em dúvida sobre a eficácia do marketing político? Trouxemos alguns casos para provar que aplicá-lo em sua campanha pode fazer toda a diferença. Confira!
Barack Obama e o Twitter
Nos Estados Unidos é comum que ocorram as chamadas Town Hall, encontros locais cujo intuito é realizar discussões políticas. Essas reuniões, geralmente, contam com a presença de um membro do Senado ou do Congresso, que se reúne com os eleitores para o debate sobre os projetos políticos e escuta das sugestões do povo.
Em julho de 2011, o então presidente Barack Obama decidiu migrar esse tipo de encontro para o ambiente digital, usando o Twitter para simular uma Town Hall. Ele estimulou os usuários a utilizar a hashtag #AskObama, para fazer perguntas pela rede social.
Durante uma transmissão ao vivo, ele foi respondendo essas questões, sendo que a maioria era focada nas seguintes temáticas: emprego (23%), orçamento público (18%) e impostos (18%). Essa tática auxiliou a criação de uma relação mais próxima entre Obama e a população, estabelecendo uma linha de diálogo.
Bernie Sanders e o candidato que revolucionou o conteúdo
A briga pela presidência dos Estados Unidos sempre tem peixe grande. No entanto, em 2016, um político – não tão popular assim – decidiu entrar na disputa.
Bernie Sanders, senador pelo estado de Vermont e filiado do partido Democratas, tinha menos de 3% das intenções de voto nas primárias do partido e sem muito apoio financeiro enfrentava Hillary Clinton.
Entretanto, Sanders provou que era possível virar o jogo. Para solucionar o problema de financiamento, sua equipe elaborou uma tática para arrecadar fundos, enviando para cada eleitor uma mensagem personalizada. O resultado da campanha foi a angariação de um fundo de 218 milhões de dólares, totalizando uma média de 27 dólares por doador.
Já a falta de popularidade foi resolvida por meio da produção de conteúdo. A equipe de Sanders arregaçou as mangas e produziu mais de 500 vídeos, onde o senador apresentou suas propostas e projetos. Ao todo foram mais de 42 milhões de visualizações apenas no Facebook.
Resultado: os 3% de Sanders pularam para 43%, ele quase venceu Hillary Clinton nas primárias. Mesmo não sendo escolhido para a disputa presidencial, o político conquistou 111 mil votos entre a disputa Clinton vs. Trump.
Como podemos ver, o marketing político bem estruturado gera excelentes resultados. E para realizar uma campanha política de sucesso nada melhor do que contar com estratégias que auxiliem com a gestão de tarefas e tempo. Clique aqui e confira um material sobre metodologias ágeis para potencializar seus resultados!
Jornalista por formação e Especialista em Administração da Comunicação pela Sustentare Escola de Negócios. Apaixonada por pessoas e curiosa, tem a certeza que nasceu para comunicar. Há dez anos, trabalha na área, tendo ampla experiência em comunicação corporativa, inbound marketing e gestão de redes sociais.
- Por Ariadna Straliotto em 27/07/2022
- Categoria: Gestão